A Crise da Existência e o Existencial da Crise. Ser para os outros fora dos quadros do essencialismo
Abstract
In the line of thought put forward by the existential attitude – philosophy of existence and existential analysis – the experience of being-with-others is thought outside the abstract and a priori systematizations of essentialism and deepened in its most original instances, among which, that of crisis. Starting from the assumption that the "crises" of the contemporary world are replicas of an original crisis not yet overcome, this text questions the availability of contemporary culture to open up and integrate transformations claimed by crises, and that inherent to the way in which we originally are with each other. The scope of this inquiry is developed on the horizon of Heidegger's conception of existence [Existenz] while also resorting to some of the theoretical conceptions of the neurologist Viktor von Weizsäcker and the philosopher Henri Maldiney.
Na linha de pensamento aprofundada pela atitude existencial – filosofia da existência e análise existencial – a experiência de ser-com-outros é pensada fora das sistematizações abstractas e apriorísticas do essencialismo e aprofundada nas suas instâncias mais originais, entre outras, a de crise. Partindo do pressuposto de que as “crises” do mundo contemporâneo são réplicas de uma crise original ainda não superada, questiona-se, no presente texto, a disponibilidade da cultura contemporânea para se abrir e integrar transformações reivindicadas pelas crises, inerentes ao modo como originalmente nos encontramos com o outro. O âmbito deste questionamento desenvolve-se no horizonte da concepção heideggeriana de Existência [Existenz] mas recorrendo a algumas das concepções teóricas do neurologista Viktor von Weizsäcker e do filósofo Henri Maldiney.
Downloads
Riferimenti bibliografici
Arendt, H. (2001). A Condição Humana [The Human Condition, 1958]. Trad. R. Raposo. Lisboa: Relógio D’Água.
Borges-Duarte, I. (2002). Prólogo à Edição Portuguesa. In M. Heidegger, Caminhos de Floresta. Coord. da edição e trad. I. Borges-Duarte Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
Borges-Duarte, I. (2012). A afectividade no caminho fenomenológico heideggeriano. Phainomenon – Revista de Fenomenologia, 2: 43–62.
Dastur, F. (s/d). Daseinsanalyse et psychanalyse: la question de l’inconscient, Acedido em Maio de 2018, em:http://www.daseinsanalyse.be/files/DASTUR.pdf.
Freud, S. (2008). O Mal-Estar na Civilização [Das Unbehagen in der Kultur,1930]. Trad. I. Castro Silva. Lisboa: Relógio D’Água Editores.
Heidegger, M. (1985). Être et Temps [Sein und Zeit, 1927]. Trad. E. Martineau. Édition Numérique Hors Commerce.
Heidegger, M. (1983). Lettre à Husserl, 1927. In Cahiers de L’HerneDir. M. Haar. Paris: Éditions de L’Herne; Martin Heidegger: 44–47.
Heidegger, M. (2007). A Essência do Fundamento [Won Wesen Des Grundes, 1929]. Lisboa: Edições 70.
Heidegger, M. (1987). Introdução à Metafísica [Einfuhrung in die Metaphysik, 1935]. Trad. M. Matos & B. Sylla. Lisboa: Instituto Piaget.
Heidegger, M. (2000). Serenidade [Gelassenheit,1959]. Trad. M. M. Andrade e Olga Santos (trad.), Lisboa: Instituto Piaget.
Husserl, E. (2008). A crise da Humanidade Europeia e a Filosofia [Die Krisis des europäischen Menschentums und die Philosophie, 1935]. Trad. P. M. S. Alves. Covilhã: Lusofonia.net.
Husserl, E. (1995). La crise des sciences européennes et la phénoménologie transcendantale [Die Krisis der europäischen Wissenschaften und die tranzendentale Phänomenologie,1936]. Trad. G. Granel. Paris: Gallimard.
Husserl, E. (1970). Expérience et Jugement. Recherches en vue d’une généalogie de la logique [Erfahrung Und Urteil. Untersuchungen zur Genealogie der Logik, 1939, Redacção L. Landgrebe (redacção)]. Trad. D. Souche. Paris: PUF.
Maldiney, H. (2003). Art et existence [1985]. Paris: Klincksieck.
Maldiney, H. (2007). Penser l’homme et la folie [1991]. Grenoble: Éditions Jérôme Million.
Maldiney, H. (2001). Existence: Crise et Création. In J. P. Charcosset (dir.), Existence Crise et Création. Henri Maldiney entouré de ses amis, André Du Bouchet, Roland Kuhn, Jacques Schotte. La Versanne: Encre Marine, 73–113.
Marcuse, H. (1963). Eros et Civilisation. Contribution a Freud [Eros and Civilization. A philosophical inquiry into Freud,1955]. Trad. J.-G. Nény et B. Fraenkel. Paris: Les Éditions de Minuit.
Marx, K. (2011). Grundrisse. Manuscritos económicos de 1857-58. Esboços da crítica da economia política [Grundrisse der Kritik der Politschen Ökonomie, 1857-58]. Trad. M. Duayer e N. Scheneider (trad.). São Paulo: Boitempo Editorial.
Straus, E. (1989). Du Sens des Sens. Contribution à l’étude des fondements de la psychologie, [Von Sinn der Sinne. Ein Beitrag zur Grundlegung der Psychologie, 1935]. Trad. G. Thinès et J.-P. Legrand. Grenoble: Éditions Jérôme Million.
Weizsäcker, V. von (1958). Le cycle de la structure [Der Gestaltkreis, 1940]. Trad. M. Foucault et D.Rocher. Paris: Desclée d
Gli Autori che pubblicano su questa rivista accettano le seguenti condizioni:
a. Gli Autori mantengono i diritti sulla loro opera e cedono alla Rivista il diritto di prima pubblicazione dell'opera, contemporaneamente licenziata sotto una Licenza Creative Commons - Attribuzione che permette ad altri di condividere l'opera indicando la paternità intellettuale e la prima pubblicazione su questa Rivista.
b. Gli Autori possono aderire ad altri accordi di licenza non esclusiva per la distribuzione della versione dell'opera pubblicata (es. depositarla in un archivio istituzionale o pubblicarla in una monografia), a patto di indicare che la prima pubblicazione è avvenuta su questa Rivista.
c. Gli Autori possono diffondere la loro opera online (es. in repository istituzionali o nel loro sito web) prima e durante il processo di submission, poichè può portare a scambi produttivi e aumentare le citazioni dell'opera pubblicata (Vedi The Effect of Open Access).