The Crisis of Existence and the Existential of the Crisis: Being-for-Others Outside the Framework of Essentialism
Abstract
In the line of thought put forward by the existential attitude – philosophy of existence and existential analysis – the experience of being-with-others is thought outside the abstract and a priori systematizations of essentialism and deepened in its most original instances, among which, that of crisis. Starting from the assumption that the "crises" of the contemporary world are replicas of an original crisis not yet overcome, this text questions the availability of contemporary culture to open up and integrate transformations claimed by crises, and that inherent to the way in which we originally are with each other. The scope of this inquiry is developed on the horizon of Heidegger's conception of existence [Existenz] while also resorting to some of the theoretical conceptions of the neurologist Viktor von Weizsäcker and the philosopher Henri Maldiney.
Na linha de pensamento aprofundada pela atitude existencial – filosofia da existência e análise existencial – a experiência de ser-com-outros é pensada fora das sistematizações abstractas e apriorísticas do essencialismo e aprofundada nas suas instâncias mais originais, entre outras, a de crise. Partindo do pressuposto de que as “crises” do mundo contemporâneo são réplicas de uma crise original ainda não superada, questiona-se, no presente texto, a disponibilidade da cultura contemporânea para se abrir e integrar transformações reivindicadas pelas crises, inerentes ao modo como originalmente nos encontramos com o outro. O âmbito deste questionamento desenvolve-se no horizonte da concepção heideggeriana de Existência [Existenz] mas recorrendo a algumas das concepções teóricas do neurologista Viktor von Weizsäcker e do filósofo Henri Maldiney.
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