As metamorfoses de Macunaíma e o perspectivismo ameríndio
Abstract
Desde 1928, data de sua publicação, Macunaíma vem sendo associado a uma rapsódia, em aproximação à tradição épica, às culturas populares, à oralidade e também à teoria musical, outro domínio da formação de Mário de Andrade, seu autor. A proximidade do centenário da Semana de Arte Moderna vem proporcionando a revisão crítica acerca das gerações do Modernismo, cuja tônica incidiu sobre a dicotomia entre “arte social” e “arte pela arte”. O presente estudo objetiva analisar as representações das metamorfoses em Macunaíma pela chave do perspectivismo ameríndio, de acordo com os estudos de Eduardo Viveiros de Castro, enquanto uma possível saída à crise colocada diante do tempo histórico. Compreendendo outras concepções de temporalidade e discutindo o caráter dicotômico entre o humano e não-humano, Macunaíma mostra-se terreno fértil para releituras afins a vertentes mais recentes dos estudos literários.
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